Também chamados de resíduos orgânicos, os biorresíduos são, essencialmente, os restos de alimentos não confecionados (cascas e cascabulhos de fruta, sobras de hortaliças e legumes, cascas de ovos, borras de café, pão, etc) e os resíduos provenientes de hortas e jardins (folhas, ervas, ramos, galhos, relva, etc).
Consoante o teor de humidade e a proporção de nutrientes, os biorresíduos dividem-se em resíduos verdes e resíduos castanhos. Os verdes têm um alto teor de humidade e são ricos em azoto. Os castanhos têm baixo teor de humidade e são ricos em carbono. São ambos essenciais no processo de compostagem.
A compostagem é o processo biológico de decomposição da matéria orgânica que permite a transformação dos biorresíduos num produto semelhante a terra, chamado composto.
A duração do processo depende da quantidade de biorresíduos utilizada mas é expectável que o composto seja produzido em cerca de quatro a seis meses.
O composto resultante do processo de compostagem de biorresíduos é um adubo natural, com aspeto semelhante a terra, de cor escura e sem odores. Por ser rico em nutrientes melhora as características dos solos, sem quaisquer riscos para o meio ambiente. Pode ser utilizado em substituição dos fertilizantes químicos nos vasos, sementeiras, hortas e jardins.
A riqueza do processo de compostagem e a qualidade do composto produzido dependem da diversidade de biorresíduos utilizados.
Os restos de comida já confecionada, bem como carne, peixe, marisco, laticínios, citrinos, ossos e espinhas, não devem ser utilizados na compostagem, por poderem criar odores e atrair animais indesejáveis, como ratos.
Deve ser utilizada a maior diversidade possível de resíduos verdes e de resíduos castanhos.
